sábado, 23 de maio de 2009

Cantanhede Ladies Open # 23 de Maio

Joana Pangaio

Maria João Koehler e Joana Pangaio qualificaram-se ontem, sexta-feira, para as meias-finais do Cantanhede Ladies Open.
As duas jogadoras são, curiosamente, treinadas por Nuno Marques no Clube de Ténis do Porto, mas têm sido acompanhadas em Cantanhede pelo preparador físico Miguel Beaumont.

Maria João Koehler, a campeã nacional de juniores, derrotou a qualifier espanhola Sandra Gonzalez-Salas por um duplo 6-4, em uma hora e 20 minutos, num encontro em que só perdeu o seu serviço numa única ocasião. O serviço, a direita e a resposta ao serviço foram as suas armas, mas a portuense efectuou ainda belíssimos vóleis.

Joana Pangaio, antiga campeã nacional de sub-12, precisou de salvar dois match-points e “correu” uma maratona de três horas e 31 minutos para eliminar Ana Claro por 4-6, 7-6 (8/6) e 7-5.

Foi um duelo físico e de nervos. Ana Claro, de apenas 16 anos, mostrou-se mais estável, quer emocionalmente, quer na táctica de jogo escolhida, mais baseada na consistência e no elevado ritmo ao fundo do court. Joana Pangaio, de 21 anos, manifestou-se intranquila, alternando períodos de total concentração, com discussões com o árbitro e crises de confiança que a levaram mesmo a sofrer uma advertência por abuso de bola.



Maria João Koehler
Com as bancadas cheias, sobretudo de estudantes, que apreciaram e aplaudiram ambas as jogadoras, Joana Pangaio teve de recuperar da desvantagem de 0-3 nos segundo e terceiro sets e ainda salvou dois match-points a 4/6 do tie-break. “Sabia que o resultado iria depender mais do que eu fizesse e estive numa luta constante comigo própria, mas estou muito feliz por ter ganho”, disse, fazendo referência ao seu jogo mais variado e ofensivo, mas também mais arriscado e sujeito a faltas não provocadas.

Nas meias-finais de hoje, sábado, Maria João Koehler inaugura a jornada no belo Court Central, às 11 horas, diante da espanhola Maria Teresa Torro-Flor, que eliminou a segunda cabeça-de-série, a belga Appollonia Melani, por 6-3 e 6-0 em 66 minutos.

Findo este encontro, será a vez de entrar em campo Joana Pangaio, - que recebeu um wild card do director de torneio, Arnaldo Carvalho - frente à surpreendente russa Nanuli Pipiya, que afastou a quinta cabeça-de-série, a britânica Elizabeth Thomas, por 5-7, 6-3 e 6-1, ao cabo de duas horas e 18 minutos. Foi a segunda cabeça-de-série vergada pela russa, que já tinha dado conta da nº1 do torneio, a italiana Alice Moroni, logo na primeira ronda.

Há, portanto, hipóteses de haver uma final cem por cento portuguesa, às 15 horas de Domingo.

“Joguei bem. Não conhecia a minha adversária. Ela entrou um pouco nervosa, mas depois, quando começou a acertar mais, deu para perceber que tem boas pancadas, mas controlei bem as coisas”, disse Maria João Koehler, a quarta cabeça-de-série do torneio, que, aos 16 anos, vai tentar atingir a sua segunda final em torneios a contar para o ranking mundial, depois de Montemor-o-Novo no ano passado.

Joana Pangaio, por seu lado, está pela primeira vez na sua carreira nas meias-finais de um evento desta categoria, pelo que já garantiu 5 pontos para o ranking mundial, mais de metade dos 9 que soma neste momento.

“Já deveria ter chegado às meias-finais de torneios de 10 mil dólares há mais tempo porque sinto que tenho nível para isso e até para fazê-lo em torneios de 25 mil dólares. No ano passado, por exemplo, tive match-points a meu favor no encontro dos quartos-de-final do Porto Open. O que se passa é que jogo pouco a este nível porque só venho aos torneios que se realizam em Portugal e não tenho tanta rodagem competitiva como as outras jogadoras”, explicou Joana Pangaio, que, para além de jogar ténis, é também estudante universitária.


Sem comentários: