Cantanhede Ladies Open # 20 de Maio

Seis tenistas portuguesas qualificaram-se para os oitavos-de-final do Cantanhede Ladies Open. Um dia depois de Bárbara Luz e Margarida Moura terem vencido a primeira ronda, mais quatro lusas juntaram-se-lhes nos oitavos-de-final (Maria João Koehler, Joana Pangaio, Rita Vilaça e Ana Claro). Eliminadas foram Cátia Rodrigues, Maria Palhoto e Margarida Fernandes.

Os resultados das tenistas portuguesas foram os seguintes: Maria João Koehler (Portugal/4)-Isabella Asad (Brasil/Q), 6-0, 6-1 em 50 minutos; Rita Vilaça (Portugal/WC)-Ainhoa Atucha Gomez (Espanha/Q), 6-0, 6-1, em 57 minutos; Joana Pangaio (Portugal)-Cátia Rodrigues (Portugal/Q), 6-3, 3-6, 6-2, em uma hora e 49 minutos; Ana Claro (Portugal)-Linda Frieschken (Alemanha), 7-6 (12/10), 7-6 (7/3), em duas horas e 35 minutos; Inna Sokolova (Rússia)-Margarida Fernandes (Portugal/LL), 6-1, 6-4, em uma hora e 40 minutos; Martina Babakova (Eslováquia)-Maria Palhoto (Portugal/WC), 6-2, 6-0, em 62 minutos.

A campeã nacional de sub-18 de 2008, Maria João Koehler, e a campeã nacional de sub-14 de 2007, Rita Vilaça, precisaram de menos de uma hora para se qualificarem para os oitavos-de-final.
“Ganhei o Open de Cantanhede no ano passado, quando era só um torneio nacional do Circuito FPT/CIMA e tenho treinado no court de relva sintética do Clube de Ténis do Porto. Por isso, sinto-me adaptada a este piso e sei que posso jogar bem aqui”, disse Koehler que, depois de ter perdido no qualifying do Estoril Open, foi quartofinalista de singulares e campeã de pares num torneio de 10 mil dólares disputado na semana passada no Algarve.

“Foi a primeira vez que passei uma ronda num torneio a contar para o ranking mundial”, celebrou Vilaça, enquanto o seu treinador, Gonçalo Neves, do Clube de Ténis de Braga, explicava que “é sempre uma fronteira importante de se ultrapassar na carreira de qualquer jogadora”.

Ana Claro, a melhor tenista algarvia da actualidade, qualificou-se para os oitavos-de-final de um torneio de 10 mil dólares pela quarta vez, a terceira este ano, e considerou que esta maratona de mais de duas horas e meia foi “talvez a vitória que tenha dado mais satisfação”. O seu espírito combativo veio ao de cima nos momentos importantes, “sobretudo no tie-break do primeiro set”, quando teve de “salvar três set-points, um dos quais com um ás”.

Quanto a Joana Pangaio, antiga campeã nacional de sub-12, quebrou uma “malapata”, pois nos dois últimos encontros que perdeu esteve muito perto da vitória e não quis que acontecesse uma terceira vez. Esse nervosismo foi evidente no final do terceiro set, mas a jogadora do Clube de Ténis do Porto conseguiu reprimir as lágrimas e passar à segunda ronda, algo que não fazia desde Outubro de 2008.

Os oitavos-de-final vão distribuir-se por dois dias e hoje (quarta-feira) só irão estar em jogo três portuguesas. Logo às 11 horas, na abertura do ‘Court’ Central, Margarida Moura defronta Ana Claro, pelo que, já se garantiu a presença de uma portuguesa nos quartos-de-final. Para qualquer uma delas será a primeira vez. Defrontaram-se ambas na primeira ronda de um torneio de 10 mil dólares algarvio em Outubro do ano passado, tendo a vitória sorrido à portuense Margarida Moura por 6-2 e 6-2.

Bem mais difícil será a tarefa de Rita Vilaça, no segundo encontro do ‘Court’ Central, diante da segunda cabeça-de-série, a belga de origem italiana Appollonia Melzani, a segunda cabeça-de-série. Melzani foi finalista no Vale do Lobo Ladies Open, em Fevereiro.

Em encontros marcados apenas para quinta-feira, Maria João Koehler mede forças com a russa Inna Sokolova e Joana Pangaio defronta a britânica Danielle Brown. Bárbara Luz desistiu, entretanto, com uma tendinite no braço direito, dando o acesso directo aos quartos-de-final à qualifier espanhola Sandra Gonzalez Salas.